SOCIOLOGIA

I. Introdução 

Herdeiro de uma longa tradição que remonta às antigas Cadeiras de Sociologia da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, nosso programa de pós-graduação foi fundado em 1934 e assumiu seu atual formato em 1971.  Por quase uma década, foi o único do Brasil. Titulou-se no PPGS/USP uma parcela significativa da geração que viria não só a implantar os cursos de mestrado e doutorado hoje existentes país afora, mas também a constituir as associações científicas que servem de referência ao nosso campo de atuação. Não surpreende, portanto, que o Programa de Pós-Graduação em Sociologia da FFLCH/USP seja uma referência incontornável na história da emergência, afirmação e expansão da pesquisa sociológica brasileira. 

É longa a lista de autores e autoras que tomam o campo acadêmico da sociologia paulista como objeto e não há, de nossa parte, qualquer pretensão de acrescentar nada de original a essas análises. Trata-se apenas de uma breve reconstituição do desenvolvimento do PPGS/USP, que toma como bússola a periodização tripartida sugerida por Jackson e Blanco (2014) em sua análise da institucionalização das Ciências Sociais no Brasil, com adaptação dos marcos temporais às particularidades do processo vivido no âmbito da Universidade de São Paulo.[1] Ganham destaque algumas das trajetórias intelectuais de quem ajudou, estando à frente de cargos de liderança ou orientando dissertações e teses de alta relevância, a conceber, consolidar e projetar internacionalmente esse programa de pós-graduação de reconhecida excelência. 


2. Institucionalização

Criado no âmbito da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), o curso de Ciências Sociais da USP teve seu corpo docente organizado em um “sistema de cátedras” que vigorou entre 1934 e 1969.  Durante esse período, os primeiros catedráticos da Sociologia, Paul Arbousse-Bastide (Sociologia I) e Claude Lévi-Strauss (Sociologia II), polarizaram debates sobre as concepções de ensino e pesquisa que moldariam as ciências sociais na instituição. Divergências de cunho teórico e político levaram ao afastamento de Lévi-Strauss em 1937, substituído por Roger Bastide, figura central na FFCL-USP até seu retorno à França em 1954 (cf. Jackson, 2007).

Durante sua permanência na USP, Bastide teve um papel formativo essencial para uma geração de sociólogos e sociólogas que viriam a se destacar no cenário acadêmico brasileiro. Amplamente reconhecido por seus estudos sobre a cultura afro-brasileira e sobre o sincretismo religioso, o integrante da “missão francesa” foi orientador das três primeiras teses de doutorado defendidas na Sociologia, todas de autoria de mulheres: Annita de Castilho e Marcondes Cabral (“Observações sobre o conflito dos resultados dos experimentos sobre a memória de forma”, 1945), Lucila Hermann (“Evolução da estrutura social de Guaratinguetá num período de 300 anos”, 1945) e Gilda Rocha de Mello e Souza (“A moda no século XIX”, 1950). 

Segundo Luiz Jackson (2007), disputas intensas emergiram quando Roger Bastide decide indicar Florestan Fernandes como seu sucessor em 1954, de certa forma preterindo talentos como o de Gilda de Mello e Souza (já doutora e primeira assistente da cadeira de Sociologia I).[2] Poucos anos antes, Bastide havia convidado Florestan a compor o notório projeto de pesquisa sobre relações raciais no Brasil e suas consequências políticas, financiado pela UNESCO. Decorre dessa parceria uma nova grade interpretativa sobre o tema da raça, concorrente daquela até então hegemônica, propagada por Gilberto Freyre.[3] 

Como atesta uma vasta literatura,[4] a Sociologia uspiana, tal qual a conhecemos, seria impensável sem o legado de Florestan Fernandes. Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela USP em 1944, obteve o título de mestre em Antropologia em 1947 e de doutor em Sociologia em 1951. Um par de anos depois, era livre-docente, tendo sido nomeado catedrático de Sociologia I em 1964, cargo que ocupou até ser aposentado compulsoriamente pelo AI-5 em 1969.  

Sua obra é de uma latitude impressionante, tanto em termos temáticos – do folclore à revolução burguesa, passando por desenvolvimento e dependência, sempre interessado nas desigualdades que o capitalismo brasileiro produz – quanto em termos temporais, cobrindo do período colonial ao final do século XX. A potência de sua imaginação sociológica transparece igualmente na diversidade temática de dissertações e teses que orientou num período relativamente curto (de 1953 a 1970). Vale recordar:

TABELA MESTRADOTABELA DOUTORADO

A despeito de toda essa diversidade de interesses, foi a partir da temática das relações étnico-raciais que Florestan Fernandes “e seus dois principais discípulos, Fernando Henrique Cardoso e Octavio Ianni, dariam os primeiros passos concretos em direção ao projeto Economia e  Sociedade  no  Brasil encampado pelo grupo no início dos anos de 1960”.[5] Como se vê acima, Fernandes foi orientador de Mestrado e de Doutorado tanto de FHC quanto de Ianni. Ao trio coube repensar as mudanças sociais numa equação em que a periferia, e não o centro, assume o protagonismo na enunciação das questões sociopolíticas mais urgentes. Assim é que da reflexão sobre a desigualdade entre brancos e negros emerge uma outra maneira de pensar os dilemas da democracia brasileira.[6]

Em meio à repressão política e ao consequente exílio forçado de vários intelectuais brasileiros, o regime autoritário empreende a chamada reforma universitária de 1968 e aloca recursos governamentais para pesquisa, impactando diretamente as Ciências Sociais. Enquanto instituições da década de 1950, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), passavam por severas readequações, novos organismos eram criados, com destaque para a FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos (empresa pública fundada em 1967 e vinculada ao Ministério do Planejamento) e para o FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo foi instituída por meio da Lei Estadual nº 5.918, promulgada em 18 de outubro de 1960, durante o governo de Carvalho Pinto, mas começa a operar efetivamente em 1962, após a nomeação de José Leite Lopes como seu primeiro diretor científico. Abre-se uma nova via de profissionalização da carreira para a Sociologia, com o recrutamento de quadros entre as “camadas remediadas, imigrantes e mulheres – diferentemente da fase anterior em que os praticantes eram membros de oligarquia em descenso”.[7]
Nesse contexto, é decretado o fim das Cátedras na USP[8] com seu modelo tutorial e um arranjo menos hierarquizado e personalista passa vigorar. É do que trata a próxima sessão.

 

II. Expansão

Entre o início dos anos 1970 e a primeira metade da década de 1980, a pós-graduação em Sociologia da Universidade de São Paulo vive um processo de expansão e diversificação. Os cursos passam a se organizar em uma estrutura departamental e, a partir de então, o Departamento de Ciências Sociais testemunha um incremento significativo de seu corpo docente (de 44 para 63), enquanto multiplica-se o número de docentes com doutorado (de 10 para 46). 

Se a profissionalização da carreira e o financiamento público à pesquisa ocorriam em meio ao controle das expressões intelectuais imposto pela ditadura militar, experimentava-se, ao mesmo tempo, uma “diversificação progressiva” do repertório temático. “Passou a não haver mais, naquele momento, na estrutura departamental, nenhum tipo de imposição temática, pelo contrário, o que pode ser chamado de diversidade talvez seja expressão do fato de que as pessoas realmente passaram a estudar o que elas desejavam naquele momento”, recorda Irene de Arruda Ribeiro Cardoso,[9] cuja trajetória profissional nos ajuda situar o que ocorria então no Departamento de Ciências Sociais. Em 1970, Ribeiro Cardoso ingressou como “instrutora voluntária” e, dois anos mais tarde, tornou-se “auxiliar de ensino” na vaga aberta por ocasião do falecimento de Marialice Foracchi. Essa mesma designação foi atribuída nesse período a outras jovens sociólogas – Maria Célia Paoli, Maria Helena Oliva Augusto, Heloísa Fernandes – que auxiliavam José de Souza Martins nas disciplinas obrigatórias.[10] É importante sublinhar que todas elas conquistaram o reconhecimento de seus pares, tanto pelo significativo número de publicações e orientações, quanto pela liderança exercida na chefia do Departamento de Sociologia e na coordenação do PPGS. Que Maria Isaura Pereira de Queiroz tenha orientado nada menos do que 12 dissertações de mestrado e 17 teses de doutorado também evidencia o protagonismo que as mulheres passam a assumir desse período em diante.[11]

Não se pode falar em “expansão” da Sociologia no Brasil sem destacar a Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs) que, a partir de sua fundação em 1977, tornou-se palco privilegiado para o debate sobre a institucionalização dos cursos de mestrado e doutorado nas ciências sociais brasileiras. Ademais, como bem observam Martins, Rodrigues e Souza (2023),[12] a Anpocs promoveu, especialmente nos anos 1980, “um encontro intergeracional – dos cientistas sociais formados na dinâmica institucional anterior e posterior a 1964. Isso fica evidente nas figuras que ocuparam a presidência dela”. Integrantes do corpo docente da Sociologia da USP desempenharam papel central no processo de consolidação da associação e do seu principal periódico (Revista Brasileira de Ciências Sociais), bem como na definição de sua agenda de trabalho, assumindo diferentes cargos de gestão ao longo dos anos: 

BIENIO

III. Especialização

A terceira fase tem seu início em 1987 com o processo de tripartição do Departamento de Ciências Sociais. Trata-se de um passo significativo rumo à autonomização e especialização do Programa de Pós-Graduação em Sociologia, visto que este sempre manteve uma ligação estreita e orgânica com o Curso de Graduação em Ciências Sociais da FFLCH-USP. Os professores de pós-graduação foram e são, em sua maioria, docentes da graduação, oferecendo disciplinas que introduzem o corpo discente a temas a ser abordados em suas dissertações e teses. Não raro, os projetos de pesquisa apresentados no processo seletivo de ingresso no PPGS são iniciados nas disciplinas de métodos e técnicas de pesquisa ou sob a forma de iniciação científica vinculada aos Núcleos e Centros de Pesquisa, entre os quais vale destacar o Núcleo de Estudos da Violência (NEV). Fundado em 1988, o NEV foi um dos Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP e celeiro, por assim dizer, de uma quantidade notável de teses e dissertações premiadas, como se verá adiante.

Um par de anos depois da criação do Dept. de Sociologia, foi lançada a Tempo Social (Revista de Sociologia da USP). Atualmente considerada como de excelência internacional pelo sistema Qualis da CAPES, a revista é um canal privilegiado para disseminação da produção de nossos docentes. Esse intuito de disseminação da pesquisa realizada no âmbito do PPGS, porém com ênfase na produção discente, realiza-se igualmente por meio da revista Plural, fundada em 1994 e gerenciada por mestrandos e doutorandos. Espaço pedagógico de aprendizado sobre comunicação científica, o periódico garante visibilidade ao conhecimento oriundo de dissertações e teses. Todos os artigos são submetidos a sistema de arbitragem por docentes e pesquisadores já qualificados em nível de doutorado.

Em fins dos anos 1980, foram retomadas as atividades da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), cujas atividades haviam sido interrompidas durante a ditadura militar. “A junção das lógicas da organização departamental e da atuação institucional da SBS”, segundo Martins, Rodrigues e Souza (2023),[13] “tiveram o efeito de reconfigurar a prática do trabalho sociológico nas últimas décadas”. De fato, além de espaço institucional legítimo para se discutir questões relativas aos cursos de graduação em Ciências Sociais, a SBS foi se firmando como arena na qual as estratégias de institucionalização da pós-graduação em Sociologia têm sido atualizadas diante dos novos desafios postos pela realidade brasileira. Mais uma vez, vemos docentes do PPGS/USP assumindo funções-chave na instituição:

ASSOCIAÇÃO

A liderança do PPGS junto à comunidade acadêmica reflete-se, em tempo presente, na notável frequência com que nossos docentes são indicados para tomar assento em conselhos de órgãos públicos e de direção acadêmica, quer seja nos comitês assessores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, quer na coordenação da área de sociologia, na CAPES. Temos nada menos que três docentes como membros titulares da prestigiosa Academia Brasileira de Ciências: Nadya Guimarães, Sérgio Adorno e Sérgio Miceli. Em paralelo, é significativa a vinculação de docentes do PPGS a associações científicas internacionais, com destaque para: International Sociological Association - ISA (com participação em corpos diretivos de vários de seus Research Committees), Latin American Studies Association – LASA, Asociación Latinoamericana de Sociologia – ALAS e Asociación Latinoamericana de Sociologia del Trabajo - ALAST. 
A partir do início dos anos 2000, foi instituída no Brasil uma série de concursos cujo objetivo é premiar e lançar luz sobre teses, obras científicas, projetos de pesquisa e trajetórias acadêmicas consideradas de excelência. Trata-se de validações de grande prestígio, encaminhadas por comitês em que se reúnem pares de ilibada reputação na área. Encerramos esta breve memória do PPGS/USP com uma listagem de todos os prêmios e conquistados por nossos docentes e discentes.

 

 IV. Prêmios docentes e discentes PPGS
4.1. Prêmio de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci em Sociologia - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais (ANPOCS) [14]

  • 2013 | Sergio Miceli Pessôa de Barros
  • 2014 | Maria Arminda do Nascimento Arruda
  • 2015 | Maria Isaura Pereira de Queiroz
  • 2023 | Nadya Araújo Guimarães

4.2. Concurso Brasileiro de Obras Científicas - ANPOCS

  • 2000 | Antônio Flávio Pierucci. Ciladas da diferença. São Paulo: Editora 34. 1990 (Menção Honrosa);
  • 2001 | Leopoldo Waizbort. As aventuras de Georg Simmel. São Paulo: Editora 34. 2000; 
  • 2004 | Nadya Araújo Guimarães. Caminhos cruzados: estratégias de empresas e trajetória de trabalhadores. São Paulo: Editora 34. 2004. (Menção Honrosa);
  • 2016 | Brasílio Sallum Jr. O Impeachment de Fernando Collor: sociologia de uma crise. São Paulo: Editora 34, 2015.

4.3. Concurso Brasileiro de Teses & Dissertações em Ciências Sociais - ANPOCS

  • 2001 | MELHOR TESE | “Idéias em movimento: a geração de 70 na crise do Brasil Imperio”, de  ngela Maria Alonso. Orientador: Prof. Dr. Brasilio Sallum Junior;
  • 2002 | MELHOR DISSERTAÇÃO | “Na trilha do Jeca: Monteiro Lobato e a formação do corpo literário no Brasil”, de Enio Passiani.  Orientadora: Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda;
  • 2004 | MENÇÃO HONROSA DE DISSERTAÇÃO | “Entre desalento e invenção: experiências de desemprego em São Paulo”, de Fabiana Augusta Alves Jardim. Orientadora: Profa Dra Heloisa de Souza Martins;
  • 2005 | MENÇÃO HONROSA DE TESE | “Profissão artista: pintoras e escultoras brasileiras entre 1884 e 1922”, de Ana Paula Cavalcanti Simioni. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Miceli Pessoa de Barros;
  • 2006 | MELHOR DISSERTAÇÃO | “O bandido que virou pregador: a conversão de criminosos ao pentecostalismo e suas carreiras de pregadores”, de Mariana Magalhães Pinto Côrtes. Orientador: Prof. Dr. Reginaldo Prandi;
  • 2012 | MENÇÃO HONROSA DE TESE | “Da pulverização ao monopólio da violência: expansão e consolidação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema carcerário paulista”, de Camila Caldeira Nunes Dias. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Adorno;
  • 2013 | MENÇÃO HONROSA DE TESE | “Construir a delinquência, articular a criminalidade – um estudo sobre a gestão dos ilegalismos na cidade de São Paulo”, de Alessandra Teixeira. Orientador: Prof. Dr. Sérgio Adorno;
  • 2015 | MELHOR DISSERTAÇÃO | “Catástrofe, violência e estado de exceção: memórias de insegurança urbana após o terremoto de 2010 na cidade de Concepción, Chile”, de Andrea Soledad Roca Vera. Orientadora: Profa. Dra.  Vera Telles;
  • 2023 | MELHOR DISSERTAÇÃO | “Chicago Oldies? Um estudo comparativo sobre a institucionalização, socialização e atuação de economistas brasileiros e chilenos treinados na Universidade de Chicago”, de Heloísa Pinheiro Rosa de Castro. Orientadores: Prof. Dr. Álvaro Augusto Comin e Elisa Klüger.

4.4. Prêmio em Direitos Humanos -  ANPOCS

  • 2021 | Conceituações plásticas sobre tortura: disputas e consensos a respeito dessa violência estatal. Autoras: Maria Gorete Marques de Jesus (NEV/ USP), Thais Lemos Duarte (UFMG) e Giane Silvestre (NEV/USP);
  • 2022 | Senso-comum como política de estado: “mulher” e “família” na política pública anti-gênero e a nova gramática dos direitos humanos no governo de Jair Bolsonaro. Autora: Marília Barbara Fernandes Garcia Moschkovich (USP).

4.5. Prêmio de Divulgação Científica - ANPOCS

  • 2023 | MENÇÃO HONROSA | URBANIDADES: O podcast sobre o urbano brasileiro. Equipe: Bianca Freire-Medeiros; Vaner Muniz Bruno Vieira Borges; Isis Fernandes; João Freitas Instituição| USP – Programa de Pós-Graduação em Sociologia.

4.6. Prêmio CAPES de Teses

  • 2023 | Autor(a): Ana Carolina Silva Andrada. Título da Tese: Quando estudantes e vagas precisam se encontrar: por uma sociologia dos processos de pareamento. Orientadora: Nadya Araujo Guimarães;
  • 2022 | Autor(a): Luiz Antonio Barbosa Guerra Marques. Título da Tese: Mestres de ontem e hoje: uma sociologia da viola caipira Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Orientador: Luiz Carlos Jackson;
  • 2020 | Autor(a): Ricardo Urquizas Campello. Título da Tese: Faces e interfaces de um dispositivo tecnopenal. Orientador: Marcos César Alvarez;
  • 2015 | Autor: Maria Caramez Carlotto. Tese: Universitas semper reformanda? A história da Universidade de São Paulo e o discurso da gestão à luz da estrutura social. Orientadora: Sylvia Gemignani Garcia;
  • 2014 | Autor: Andre Augusto Inoue Oda. Tese: Império da lei: Um estudo de sociologia do direito e da violência. Orientador: Marcos Cesar Alvarez;
  • 2013 | Autor: Alessandra Teixeira. Tese: Construir a delinquência, articular a criminalidade: um estudo sobre a gestão dos ilegalismos na cidade de São Paulo. Orientador: Sérgio França Adorno de Abreu;
  • 2012 | Autor: Camila Caldeira Nunes Dias. Tese: "Da pulverização ao monopólio da violência: expansão e consolidação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema carcerário paulista". Orientador: Sérgio França Adorno de Abreu;
  • 2011 | Autor: Dmitri Cerboncini Fernandes. Tese: A Inteligência da Música Popular: a "autenticidade" no samba e no choro. Orientador: Sergio Miceli Pessôa de Barros;
  • 2009 | Autora: Ana Claudia Moreira Cardoso. Título: Tempos de trabalho, tempos de não trabalho: vivências cotidianas de trabalhadores. Orientadora: Nadya Araujo Guimarães.

4.7. Teses Destaque USP

  • 2022 | “Opiniões à venda: oposições políticas e divisão do trabalho intelectual na mídia”. Autor(a): Allana Meirelles Vieira. Orientador: Sergio Miceli Pessoa de Barros. Dupla titulação: Instituição do Exterior: École des Hautes Études en Sciences Sociales, França Coorientador(a) do Exterior: Julien Duval;
  • 2019 | "Segregação racial em São Paulo: residências, redes pessoais e trajetórias urbanas de negros e brancos no século XXI”. Autor: Danilo Sales do Nascimento França. Orientadora: Marcia Regina Lima. (Menção Honrosa).

 

 

 

Notas de rodapé

[1] Para esta adaptação, nos beneficiamos diretamente do diálogo com MAÇANO, T. (no prelo). Institucionalização das Ciências Sociais na USP: ensaio de pesquisa sobre as transformações na hierarquia institucional da Sociologia da USP. 

[2] Nenhuma das cátedras, quer de Sociologia, Antropologia ou Política, foi jamais ocupada por uma mulher.  

[3] MAIO, Marcos Chor. O Brasil no concerto das nações: a luta contra o racismo nos primórdios da Unesco. História, Ciências, Saúde. Manguinhos, v. 5, n. 2 (jul.-out. 1998a), p. 375-413.
[4] Ver entre outros: MICELI, Sergio. (Org.) História das ciências sociais no Brasil. São Paulo: Vértice/Editora Revista dos Tribunais/Idesp, 1989. p. 72 -110. 
SPIRANDELLI, Claudinei Carlos. Trajetórias intelectuais: professoras do Curso de Ciências Sociais da FFCL-USP (1934-1969). 2009. Tese (Doutorado em Sociologia) - FFLCH, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-18082009-122601/p…;
[5] JACKSON, 2007, ibid.

[6] CONH, Gabriel. A margem e o centro. Travessias de Florestan Fernandes. In: Sinais Sociais, v.10, n.28, Rio de Janeiro: Sesc, 2015.

[7] MARTINS, Carlos Benedito; RODRIGUES, Lidiane; SOUZA, Sávio Barros. (2023) “A pós-graduação em Sociologia no Brasil. Consolidação, expansão e diversificação de um espaço (1990-2018)”. Disponível em https://revistacienciaecultura.org.br/?artigos=a-pos-graduacao-em-socio…. Acesso em 10 de setembro de 2024.

[8] A Portaria GR 1023, que extingue as cátedras, foi outorgada em 15 de janeiro de 1970. 

[9] JACKSON et al, 2010, p. 270-271.

[10] VOLPE, Maíra Muhringer. Bionota de Irene de Arruda Ribeiro Cardoso. Disponível em https://sbsociologia.com.br/project/irene-de-arruda-ribeiro-cardoso/. Acesso em 10 de setembro de 2024. Vale também consultar a tese de doutorado de Irene Cardoso intitulada A Universidade da Comunhão Paulista (Cortez, 1982), cujo foco volta-se ao contexto político que envolveu a fundação da USP, analisando as disputas entre diferentes grupos políticos e as divergências ideológicas acerca do projeto de criação da universidade.

[11] Ver também PINHEIRO, D. Jogo de damas: trajetórias de mulheres nas ciências sociais paulistas (1934-1969). Cadernos Pagu, abr. 2016. n. 46, p. 165–196.

[12]  MARTINS; RODRIGUES; SOUZA ibid.

[13] MARTINS; RODRIGUES; SOUZA ibid.

[14] A premiação, instituída pela diretoria da ANPOCS em 2013, é um reconhecimento aos profissionais cuja produção acadêmica e intelectual contribuiu para o desenvolvimento das ciências sociais. Foram criados três prêmios, considerando-se as diferentes áreas de atuação das Ciências Sociais. Os nomes dos prêmios levam em consideração dois aspectos: a notável produção intelectual e sua contribuição ao desenvolvimento institucional da ANPOCS. Note-se que o Prêmio de Sociologia homenageia o Antônio Flávio Pierucci, professor do Dept de Sociologia da FFLCH/USP.